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Explorando A Integração Organísmica

A Integração Organísmica é uma abordagem dinâmica que convida à exploração do corpo como um território vivo de experiência. Mais do que uma técnica estruturada, é um espaço em constante evolução, onde a expressão, o movimento e a sensibilidade abrem novas formas de autoconhecimento e transformação.

Através do encontro entre diferentes tradições filosóficas, terapêuticas e espirituais, a Integração Organísmica integra múltiplas perspectivas para ampliar a compreensão do ser humano. Sua prática não impõe modelos rígidos, mas promove uma escuta profunda do corpo e suas ressonâncias, permitindo uma conexão mais autêntica consigo mesmo e com os outros.

Quem é Manoel Brandão?

Formação Inicial: Entre Medicina e Filosofia

Minha trajetória começou em Salvador, Bahia, onde estudei Medicina e Filosofia. Em 1979, me especializei em Psiquiatria e iniciei minha experiência em hospitais psiquiátricos, o que me levou a questionar os modelos tradicionais de saúde mental e abrir caminho para outras formas de abordar o sofrimento psíquico.

O Encontro com a Psiquiatria Alternativa, o Psicodrama e a Psicanálise

Durante essa época, meu interesse se voltou para a rede alternativa de psiquiatria, explorando referências como a Antipsiquiatria Inglesa, Thomas Szasz, Félix Guattari, Michel Foucault e Franco Basaglia. Esse movimento abriu novas perspectivas sobre a clínica, a loucura e as instituições psiquiátricas. Em 1982, completei minha primeira formação em Psicodrama. A psicanálise atravessa meus aprendizados terapêuticos e analíticos até hoje.

A Descoberta das Abordagens Corporais e Reich

Nos anos seguintes, fui aluno de J.A. Gaiarsa, o primeiro terapeuta reichiano no Brasil, e comecei a aprofundar os enfoques corporais em psicoterapia. Minha formação incluiu aprendizados com David Boadella, Federico Navarro e Genovino Ferri, explorando a Vegetoterapia Caracteroanalítica e a Análise Reichiana. Nesse percurso, integrei o corpo como um campo essencial da experiência e do processo terapêutico.

Índia e a Psicologia dos Budas

Na década de 1980, tornei-me discípulo de Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) e viajei para a Índia, para sua comuna em Poona. Um laboratório que integrava terapias e tradições espirituais. Reconheço Osho como meu principal mestre espiritual.

O Desenvolvimento da Integração Organísmica

No final dos anos 80, desenvolvi um trabalho com toques, massagens e respirações, que chamei de massagem integrativa neoreichiana. Na década de 90, vivi no Uruguai e fui um dos pioneiros na psicoterapia reichiana no país. Durante esse período, comecei a desenvolver um trabalho de respiração e contato inspirado em meus aprendizados reichianos, ao qual comecei a chamar de Integração Organísmica. Fui coordenador do espaço Lotus, um centro de psicoterapia e meditação. A Integração Organísmica nasceu como um campo de experimentação da subjetividade e do corpo, sem fixações em métodos rígidos, mas em um fluxo de escuta e modulação da experiência. Há 12 anos venho coordenando workshops, cursos e formações no espaço Tao.

Aprendizados Psicoespirituais e Abordagens Terapêuticas Diversificadas

Desde 1993, fui aluno de Claudio Naranjo e me formei na Escola Arica. Fui iniciado no Budismo Tibetano por Chagdud Tulku Rinpoche e estudei com Humberto Maturana no Chile. Realizei treinamentos em Osho Pulsation, Danças Sagradas de Gurdjieff, Rebirth, Vivation, Experiência Somática e terapia comunitária, além de formação em traumas pré-natais com William Emerson.

Filosofia, Esquizoanálise e Tradições Orientais

Minha trajetória não se limita à clínica, mas se expandiu para um campo filosófico e existencial. Tenho estudado e integrado à Integração Organísmica conceitos e perspectivas de Friedrich Nietzsche, com sua crítica à moral e à cultura ocidental, a vontade de poder e a transmutação de valores; Baruch Spinoza, com sua visão sobre a potência do corpo e dos afetos e a imanência como base da experiência; Gilles Deleuze e Félix Guattari, com a noção de esquizoanálise, os fluxos desejantes, o corpo sem órgãos e a desterritorialização da experiência; além do Taoísmo, Dzogchen e Mahamudra, tradições que exploram a abertura à experiência, a não fixação e a integração com o fluxo da vida.

Essas referências atravessam a Integração Organísmica, criando um campo de experimentação onde a prática terapêutica, filosófica e estética se encontram.

Clínica, Ensino e a Integração Organísmica como Caminho

Desde os anos 1990, tenho conduzido cursos, formações e grupos no Brasil, Uruguai e Argentina, refinando e aprofundando a Integração Organísmica. Também participei da reforma sanitária e psiquiátrica no Brasil dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), atuando como psiquiatra e supervisor clínico-institucional.

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